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O QUÊ A RESCISÃO DO CONVÊNIO COM A CEMIG TEM A VER COM A GREVE DOS CAMINHONEIROS?

Há poucos dias todo o pais parou em razão da “greve dos caminhoneiros”.

Todos entenderam o que houve: os preços do óleo diesel passaram a aumentar diariamente em razão do compromisso da PETROBRÁS em manter os preços dos combustíveis internos alinhados com os preços internacionais.

Os caminhoneiros não aguentaram pagar a conta e isso trouxe consequências seríssimas para todo o pais, inclusive comprometendo o abastecimento de combustíveis e alimentos, com graves transtornos para todos.

Além disso, o resultado da politica equivocada da diretoria da Petrobras (e do governo) foi um prejuízo estimado de 13 bilhões de reais, que terá que ser suportado pelo tesouro (ou seja, por toda sociedade).

Passado o problema, constatou-se que foi um equivoco pretender nortear as atividades de uma empresa pública unicamente pelas lógicas do mercado, desconsiderando as necessidades que todo o país tem e que também devem ser observadas quando o Administrador Público toma decisões.

Infelizmente, parece que esse mesmo equivoco agora está sendo cometido pela CAIXA, quando resolveu rescindir o convênio com a CEMIG logo após o acordo que resultou no reajustamento das tarifas pagas aos permissionários lotéricos.

Pelo visto, parece que a CAIXA entendeu que não mais valeria a pena manter o convênio com a CEMIG, em face do novo valor que será pago aos lotéricos.

Novamente, um grande erro, que traz graves consequências para a população mais pobre, para os lotéricos e, em ultima analise, para a própria CAIXA.

Explica-se: quem paga contas de luz nas casas lotéricas não é a classe média. É a população mais pobre que utiliza esse serviço. É a população mais pobre que não tem conta em bancos e não tem como deixar a cobrança em “débito automático”.

Essa população precisa das casas lotéricas para pagar suas contas, inclusive as contas de luz.

Então, quando a CAIXA rescinde o convênio com a CEMIG, olhando apenas seus interesses primários, ela penaliza exatamente aquela parcela da população.

Mas também prejudica os lotéricos (que quando convém são chamados de “parceiros”). Isso porque, além de os lotéricos não deixarem de receber as tarifas por aqueles pagamentos, também perderão outros serviços. Afinal, quando a pessoa vai na casa lotérica pagar a conta da CEMIG, ela aproveita e paga outras contas, faz um saque ou depósito. E também faz jogos...

E, evidentemente, perde também a CAIXA.

A ótica míope da CAIXA não lhe permite ver que pior do que ganhar pouco é não ganhar nada.

O que a CAIXA deveria considerar é que, além de os serviços de recebimento de contas de luz pelas casas lotéricas serem um importante serviço social que ela presta (e que não deveria estar alinhada apenas à lógica fria do mercado), também é algo que traz pessoas para as lotéricas, e permite que outras contas sejam pagas, outros serviços seja prestados, e que mais jogos sejam vendidos.

Ou seja: a decisão da CAIXA consegue unir o inútil ao desagradável.

Em um só ato ela conseguiu prejudicar a todos e a si própria!

Vamos esperar que essa decisão infeliz seja revista e que o convênio seja imediatamente restabelecido, evitando tantos prejuízos, a tantas pessoas.

Não é preciso esperar por outras “greves nacionais”, com tantos prejuízos a todos.

Boa sorte a todos nós!

O SINCOEMG está enviando um ofício e agendando reunios com as seguintes entidades: PRESIDENTE, VICE-PRESIDENTE E SUPERINTENDENTES DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, PRESIDENTE DA CEMIG, PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA, FRENTE PARLAMENTAR DOS EMPRESÁRIOS LOTÉRICOS, SENADORES DE MG E O DEPUTADO FEDERAL WELITON PRADO.

A diretoria do SINCOEMG não medirá esforços para reverter esta situação e garantir que os empresários lotéricos  mineiros continuem recebendo as contas da CEMIG.

Abraços,

DIRETORIA DO SINCOEMG                  ASSESSORIA JURÍDICA DO SINCOEMG 

 

 

 

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